Boi da cara preta - atividades
Palavras da cantiga para serem usadas no bingo
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA
POR ONDE COMEÇAR A ENSINAR A LER E A ESCREVER?
“Aprender a ler e a escrever não é um processo natural como o de aprender a falar”.
“Trata-se de uma tarefa complexa, que
envolve competências cognitivas, psicolinguísticas, perceptivas,
espaço-temporais, grafomotoras e afetivo-emocionais”.
“Para a identificação do
princípio alfabético a criança deve reconhecer a relação som-letra e ser
capaz de analisar, refletir, sintetizar as unidades que compõem as
palavras faladas”.(Tunmer, Pratt, Herriman, 1984).
“As crianças de um modo geral
recorrem à oralidade para fazer várias hipóteses sobre a escrita, mas
usam também a escrita, dinamicamente, para construir uma análise da
própria fala”.(Abaurre, 1988, p. 140)
Crianças com dificuldade em
consciência fonológica geralmente apresentam atraso na aquisição da
leitura e escrita, e procedimentos para desenvolver a consciência
fonológica podem ajudar as crianças com dificuldades na escrita a
superá-los (Capovilla e Capovilla, 2000).
A aquisição da escrita exige que o
indivíduo reflita sobre a fala, estabeleça relações entre os sons e sua
representação na forma gráfica: A aquisição da escrita está intimamente
ligada à consciência fonológica, uma vez que para dominar o código
escrito é necessária a reflexão sobre os sons da fala e sua
representação na escrita.
AS SUB-HABILIDADES DA CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA SÃO:
1. CONSCIÊNCIA DE PALAVRAS
2. CONSCIÊNCIA SILÁBICA
3. RIMAS E ALITERAÇÕES
4. CONSCIÊNCIA FONÊMICA
1. CONSCIÊNCIA DE PALAVRAS
Também chamada de consciência
sintática, representa a capacidade de segmentar a frase em palavras e,
além disso, perceber a relação entre elas e organizá-las numa sequência
que dê sentido. Esta habilidade tem influência mais precisa na produção
de textos e não no processo inicial de aquisição de escrita. Ela permite
focalizar as palavras e sua posição na frase. Além disso, ordenar
corretamente uma oração ouvida com as palavras desordenadas também é uma
capacidade que depende desta habilidade.
EXEMPLOS:
ATIVIDADE 1 - POEMA
Leia a Poema.
CORUJICE
A CARA CORUJA
NÃO ENCARA
A CARA DO SOL,
MAS À NOITE
FICA BEM NA SUA
CARA A CARA
COM A LUA.
a) Colorir os espaços entre as palavras.
b)Reescreva a frase:
MASANOITEFICABEMNASUACARAACARACOMALUA
_______________________________________________________
d) Risque na poesia a palavra CORUJA.
e) Pinte o numero que mostra quantas vezes a palavra CARA aparece na poesia.
3 5 4
f) Circule todas as palavras que começam com a letra C
g) Escreva no quadro outras palavras que comecem com a letra C
CONSCIÊNCIA SILÁBICA
Consiste na capacidade de segmentar
as palavras em sílabas. Esta habilidade depende da capacidade de
realizar análise e síntese vocabular.
São atividades como contar o
número de sílabas, dizer qual é a sílaba inicial, medial ou final de uma
determinada palavra e também contar, segmentar, unir, adicionar,
suprimir, substituir e transpor uma sílaba da palavra formando um novo
vocábulo.
RIMAS E ALITERAÇÕES
A rima representa a correspondência fonêmica entre duas palavras a partir da vogal da sílaba tônica. As rimas podem ser:
- da palavra – igualdade entre os sons desde a vogal ou ditongo tônico até o último som: SAPATINHO - PASSARINHO
- da sílaba – formada por palavras que terminam com o mesmo som. BALÃO – MÃO
O desafio de ensinar a ler: Atividades que possibilitam a aquisição da leitura
Leitura de Letras
1. Bingo de Letras
Materiais: lápis, papel e cartões com as letras do alfabeto.
Procedimento:
Cada aluno ou grupo de aluno recebe um pedaço de papel e escreve uma
das palavras da lista trabalhada. O professor passa a sortear as letras,
mostrando-as e repetindo seu nome várias vezes. Caso a criança ou grupo
tenha a letra sorteada em sua cartela deverá marcá-la. Vence aquele
que marcar, primeiro, todas as letras da cartela.
Leitura de Palavras:
1. Bingo de Leitura
Materiais: lápis, papel e fichas com as figuras correspondentes as palavras da lista trabalhada.
Procedimento:
Cada aluno ou grupo de aluno recebe um pedaço de papel, escolhe quatro
palavras da lista e as escreve. O professor passa a sortear as fichas,
mostrando-as e repetindo seu nome várias vezes. Caso a criança ou grupo
tenha a palavra correspondente em sua cartela deverá marcá-la. Vence
aquele que marcar, primeiro, todas as palavras da cartela.
2. Preguicinha
Materiais: envelopes de colorset com abertura nas duas extremidades, cartões com palavras de uma lista já trabalhada
Procedimento:
Esconder o cartão no envelope e propor a adivinhação da palavra,
mostrando lentamente ora a letra inicial, ora a letra final até que as
crianças descubram a palavra escondida.
3. Memória coletiva
Materiais: Quadro
de cinco pregas; seis pares de cartões com as palavras da lista e as
figuras correspondentes; cartões numerados de 01 a 04 e cartões com as
letras A, B, C e D.
Procedimento: Dividir
a turma em pequenos grupos. Organizar na primeira linha do quadro de
pregas os cartões numerados e na primeira coluna os cartões com letras.
Completar as linhas e colunas com os cartões de figuras e de palavras
embaralhados e voltados para trás. Cada grupo, na sua vez de jogar
escolhe um par ordenado. O grupo que encontrar mais pares vence a
partida.
4. Certo ou errado?
Materiais: Quadro
de várias pregas; 02 cartões com os títulos das categorias de listas
trabalhadas em sala de aula e cartões com as palavras destas listas.
Procedimento: Cada grupo é desafiado a organizar os cartões de acordo com a categoria. A conferência deve ser feita coletivamente.
5. Passa ou repassa
Materiais: Cartões com palavras de várias categorias de listas trabalhadas em sala de aula.
Procedimento: A
turma deverá ser organizada em dois grupos. Cada grupo indica um
participante, que deverá se posicionar de frente para seu oponente, em
volta de uma mesa e com as mãos na cabeça. O professor sorteia uma
categoria e mostra a primeira palavra. Ao seu comando os jogadores devem
bater na mesa o mais rápido que conseguirem. Aquele que bater primeiro
terá o direito de fazer a leitura da palavra. Se estiver certo, marca
ponto para o grupo e desafia outro oponente. O jogo segue até que todos
tenham participado.
Leitura de frases:
1. Frases embaralhadas
Materiais: Quadro de 01 prega; tiras com palavras que possibilitem a formação de frases.
Procedimento: Cada grupo é desafiado a organizar uma frase. O sentido da frase é conferido coletivamente.
Leitura de Texto:
1. Texto fatiado
Materiais: Quadro de várias pregas; tiras de cartões com frases que compõe um pequeno texto conhecido de memória.
Procedimento: Cada grupo é desafiado a organizar o texto. A conferência deve ser feita coletivamente.
2. Leitura Explosiva
Materiais: Quadro de 01 prega; envelopes com adivinhas; cartões com as respostas correspondentes às adivinhas e balões coloridos
Procedimento: Cada
grupo elege um representante que receberá uma das bolas de aniversário e
funcionará como cronômetro para um grupo adversário. Na sua vez de
jogar, o grupo recebe um envelope com uma adivinha que deverá ser lida
para todos. O grupo se põe a procurar a resposta entre os cartões que
deverão estar espalhados sobre a mesa, enquanto o representante do outro
grupo se põe a assoprar a bola. Assim que encontrar a palavra deverá
colocá-la no quadro de pregas. Se o grupo demorar a encontrar a resposta
e a bola estourar, perde a rodada. Se errar a palavra pode fazer mais
duas tentativas enquanto a bola não estoura. Se acertar a palavra, o
adversário deverá segurar a bola, sem esvaziá-la, aguardando a nova
partida para continuar a assoprá-la.
Fonte: apaixonadosporletramento.blogspot.com.br
Atividades por níveis de aprendizagem
Atividades para alunos com escrita alfabetica
Investir em conversas e debates diários.
Possibilitar o uso de estratégias de leitura, além da decodificação.
Considerar o “erro” como construtivo e parte do processo de aprendizagem.
Produção coletiva de diversos tipos de textos.
Análise lingüística das palavras.
Reescrita de texto (individual / coletiva).
Revisão de texto.
Atividades de escrita: complete, forca, enigma, stop, cruzadinha, lacunado, caça palavra, listas, textos memorizados.
Atividades para alunos com escrita silábica-alfabética
Ordenar frases do texto;
Completar frases, palavras, sílabas e letras das palavras do texto;
Dividir palavras em sílabas;
Formar palavras a partir de sílabas;
Ligar palavras ao número de sílabas;
Produção de textos, ditados, listas
Atividades para alunos com escrita silábica
Fazer
listas e ditados variados (de alfabetizandos/as ausentes e/ou
presentes, de livros de histórias, de ingredientes para uma receita,
nomes de animais, questões para um projeto, etc.).
Trabalhar com textos conhecidos de memória, para ajudar na conservação da escrita.
Ditado de palavras do texto.
Análise oral e escrita do número de sílaba, sílaba inicial e final das palavras do texto.
Lista de palavras com a mesma silaba final ou inicial;
Escrever palavras dado a letra inicial;
Ligar desenho a primeira letra da palavra;
Usar jogos e brincadeiras (forca, cruzadinhas,bingos, caça-palavras, etc.);
Organizar
supermercados e feiras; fazer “dicionário” ilustrado com as palavras
aprendidas, diário da turma, relatórios de atividades ou projetos com
ilustrações e legendas;
Propor atividades em dupla (um dita e outro
escreve), para reescrita de notícias, histórias, pesquisas, canções,
parlendas e trava-línguas.
Produção de textos, ditados, listas.
Atividades para alunos com escrita pré-silábica
Iniciar pelos nomes dos/as alfabetizandos escritos em crachás, listados no quadro e/ou em cartazes.
Trabalhar com textos conhecidos de memória, para ajudar na conservação da escrita.
Identificar
o próprio nome e depois o de cada colega, percebendo que nomes maiores
podem pertencer às crianças menores e vice-versa;
Organizar os nomes em ordem alfabética, ou em “galerias” ilustradas com retratos ou desenhos;
Criar jogos com os nomes: “lá vai a barquinha”, dominó, memória, boliche, bingo;
Fazer contagem das letras e confronto dos nomes;
Confeccionar gráficos de colunas com os nomes seriados em ordem de tamanho (número de letras).
Fazer
estas mesmas atividades utilizando palavras do universo dos/as
alfabetizandos/ as: rótulos de produtos conhecidos ou recortes de
revistas (propagandas, títulos, palavras conhecidas).
Classificar os nomes pelo número de letras, pela letra inicial ou final.
Copiar palavras inteiras;
Contar número de letra ou palavra de uma frase;
Pintar intervalos entre as palavras;
Completar letras que faltam de uma palavra;
Ligar palavras ao número de letras e a letra inicial;
Circular ou marcar letra inicial ou final;
Circular ou marcar letras iguais ao seu nome ou palavra chave.
Produção de textos, ditados, listas.
Fonte:
professoressolidarios@googlegroups.com
Cartaz
Cantiga para ser explorada com os alunos
Tiras para montar o quebra-cabeça da cantiga
Palavras para montar o quebra-cabeça da cantiga
Fonte: cantinhopreferidodamah.blogspot.com.br
Quem bebeu o xixi da vaca amarela?
FONTE: http://diadiaemsaladeaula.blogspot.com.br/
VACA AMARELA
FEZ XIXI NA GAMELA
CABRITO MEXEU, MEXEU
QUEM RIR PRIMEIRO
BEBEU O XIXI DELA
Na semana que passou, continuamos a trabalhar com o
texto Vaca Amarela, de Sérgio Capparelli. As crianças estão gostando muito e é
sempre muito divertido para todos nós.
Em nossa escola, no Vale do Cuiabá, temos um
jardineiro, o Silvio. Todos nós sabemos, inclusive as crianças, que ele é muito
prestativo: tudo o que a gente pede ele dá um jeitinho de conseguir. Sendo
assim, falei para as crianças, como estamos na zona rural, que eu havia pedido
ao Silvio para conseguir um pouco de xixi de vaca, mas que, provavelmente,
seria muito difícil de conseguir. Todas as
crianças riram e fizeram vários comentários.
Como já havíamos trabalhado com a primeira parte do texto, a
segunda já estava bem mais fácil para ler, adequando o falado ao escrito. Fizemos uma primeira leitura para
lembrar o texto anterior e verificar o que mudou. Assim, onde era COCÔ, passou
a ser XIXI, PANELA virou GAMELA, FALAR passou a ser RIR e COMEU virou BEBEU. Novas oportunidades para trabalhar o mesmo
texto com variações. Certamente quando
chegarmos à última parte eles terão elementos suficientes para escrever o texto
sozinhos!
Pensamos
e refletimos sobre as variações: onde apareceram as novas palavras,
quais as substituíram, e o que permaneceu igual. Isso é bom para que
verifiquem a permanência
da escrita: VACA será sempre escrita da mesma forma. Outras questões
também foram repensadas: a duplicação
das sílabas em cocô e xixi. Mudança apenas de algumas letras para formar
palavras diferentes: panela, gamela.
Como foi uma vantagem transgredir a regra na primeira
fase, afinal o cocô era de chocolate, muitas crianças quiseram rir. Todo mundo
achava graça e ria bastante! O que seria o xixi da vaca?
Após
várias rodadas da brincadeira, identificamos a
primeira risonha! Monique, minha auxiliar (Que chique!), foi buscar o
xixi da
vaca, mas pediu ao Silvio que o levasse. Foi ótimo, pois deu mais
veracidade a nossa brincadeira. Quando as crianças o viram foi um
verdadeiro “Deus nos acuda!”
Lunanda,
a risonha, não queria mais experimentar o xixi, mas todos achavam que
ela deveria, pois foi a primeira a rir. Ela resolveu experimentar:
“Bom!” Todas as outras crianças, mesmo sem saber o que era, queriam
beber... Até que o segredo foi revelado: Guaraná natural... Hum,
delícia!
Pintando palavras significativas no texto:
Ordenando os versos e lendo:
FONTE: http://diadiaemsaladeaula.blogspot.com.br/
FEZ COCÔ NA PANELA
CABRITO MEXEU, MEXEU
QUEM FALAR PRIMEIRO
COMEU O COCÔ DELA.
Sérgio Capparelli, em Boi da cara preta
Propus ao grupo
do primeiro ano a brincadeira da Vaca Amarela. Cada criança foi falando
como conhecia. Apareceram algumas variações, mas todas elas em torno do
cocô da vaca! Li a versão completa de Sérgio Capparelli e propus que
brincássemos com a primeira parte. Todos quiseram participar.
Inusitado foi
quando falei que tínhamos o cocô da vaca! Emanuel ficou tão preocupado
que nem se deu conta que o cocô era de chocolate! Utilizei o Bis que vem
numa embalagem parecida com um copo. Sabe qual? Pois é, foi perfeito!
Todas as crianças quiseram ser solidários com os "falantes", ajudando-os
a comerem! Enquanto brincavam... Que chato... Decoraram a parlenda!
Identificando palavras na primeira parte da parlenda:
Ordenando versos da parlenda:
Oportunidade
para identificar os versos através de alguma palavra já conhecida, por
uma letra ou até mesmo pelo tamanho do verso...
Oportunidade
também para conferir, através do texto original e da própria leitura, se
todos os versos estão ordenados corretamente.
Ordenando palavras para formar a parlenda:
Oportunidade
para pensar na letra inicial. E quando duas começam com a mesma letra,
como PANELA E PRIMEIRO o jeito é pensar na letra que termina ou alguma
outra letra que a identifique: "Panela tem L!"
Usando letras móveis...
Organizei trios
para a execução desta tarefa. Tive a preocupação de agrupá-los por
hipóteses aproximadas de escrita. Durante a atividade fui passando pelos
grupos e intervindo. "MA... M com?" Um responde M, outro, ao mesmo
tempo, responde A. Fica a questão: Pode ser as duas... Tem sempre
alguém que responde...
Como eles já
tinham entrado em contato várias vezes com o texto identificando
palavras e lendo com o dedo para ajustar o falado ao escrito, algumas
palavras, como QUEM e PRIMEIRO, apesar de mais "difíceis", já sabiam que
uma começava com Q e que a outra tinha um R para fazer PRI. Além disso,
já tínhamos conversado e analisado fonologicamente o texto.
Atividades de Alfabetização
Fases da Escrita
A
alfabetização é um processo no qual o indivíduo assimila o aprendizado e
a sua utilização como código de comunicação. Esse processo não deve ser
resumido apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas do ato de
ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar e produzir
conhecimento. Emília Ferreiro procurou observar como se realiza a construção da linguagem escrita na criança. São elas:
Fase de garatuja: Como o próprio nome diz, a criança risca o papel sem ter um sentido próprio, ou ainda faz desenhos para representar a escrita.
PRÉ-SILÁBICO: É quando a
criança começa a usar qualquer letra (às vezes números), para escrever a
palavra. O importante desta fase, é que ela percebeu a função da letra.
Geralmente repete muito a letra A (pois é a primeira que aprende), ou
usa as letras do seu nome trocando a ordem.
Ex: Para escrever GATO: RIAMA
SILÁBICO SEM VALOR SONORO: É
quando a criança coloca a quantidade de letras conforme as sílabas da
palavra, não se importando com o som. O mais importante nesta fase é
observar o modo como a criança lê o que acabou de escrever.
Ex: Para escrever GATO: MA (leitura: deve mostar com o dedo, apontando o M como GA e para o A dizendo TO)
Para escrever JANELA: RMI (leitura:aponta para o R dizendo JA, para o M dizendo NE e para o I dizendo LA).
SILÁBICO COM VALOR SONORO: É quando a criança começa a perceber que cada letra tem um som, então elas as usa de maneira proposital.
Ex: GATO: GO;
JANELA: JNA;
CASA: KZ;
BORBOLETA: BOLT
Normalmente nesta fase a criança tem certeza do que escreve e lê. Ela lê silabicamente como no silábico sem valor sonoro.
SILÁBICO ALFABÉTICO: É
quando ela consegue começar a entender que necessita de duas ou mais
letras para formar o som correto da sílaba em questão, mas não usa em
todas.
Ex: GATO: HTO;
JANELA: JNELA;
CASA: KZA;
BORBOLETA: BOBOLTA
ALFABÉTICO: É quando a criança já sabe escrever e ler, mas ainda tem pequenos erros ortográficos.
Ex: E por I;
G por J;
C por K;
S por Z;
CH por X etc.
Ex: CAZA, XAPÉU, BUNECA...
ATIVIDADES QUE NÃO PODEM FALTAR NA ALFABETIZAÇÃO
A APRENDIZADEM DOS
PRINCÍPIOS BÁSICOS DO SISTEMA ALFABÉTICO: POR QUE É IMPORTANTE SISTEMATIZAR O
ENSINO?
1. ATIVIDADES DE FAMILIARIZAÇÃO COM AS LETRAS
Objetivo: Refletir sobre as
práticas sociais de uso dos textos escritos, através da visualização de textos
diversos (ambiente alfabetizador).
Atividades que buscam propiciar o acesso a vários
textos:
·
Leituras diárias em sala de aula;
·
Aulas-passeio com exploração de textos no meio da
rua (placas, cartazes, planfletos);
·
Exploração de rótulos de embalagens.
- Bingo de letras em fichas de palavras (fichas com
os nomes dos alunos ou com títulos de músicas ou outras palavras importantes
para o grupo).
- Escrita de palavras e textos (individual e
coletiva) cotidianamente.
- Colagem de textos em murais que foram trabalhados
em sala de aula (listas, músicas, provérbios).
- Confecção de quadro de letras, para afixar na
parede ou guardar num local de fácil acesso e deixar como fonte de informações.
2. ATIVIDADES QUE OBJETIVAM A CONSTRUÇÃO DE
PALAVRAS ESTÁVEIS
Objetivo: Aprender um conjunto de
palavras que possam servir de fontes de informações para a escrita de outras
palavras.
- Atividades de escrita do próprio nome (com
abecedário, com silabário, no papel).
- Produção e exploração de fichas de chamada.
- Bingos com os nomes dos alunos da sala.
- Palavras cruzadas com os nomes dos alunos.
- Formação do próprio nome a partir das letras
embalharadas em um envelope.
- Bingo de rótulos.
- Quebra-cabeças de palavras “estáveis”.
3. ATIVIDADES QUE DESTACAM ANÁLISE FONOLÓGICA
Objetivo: Perceber as relações
entre a escrita e a pauta sonora, a relação alfabética e não silábica e
estabelecer as relações grafofônicas.
- Leitura/cantoria de textos com rimas e aliterações.
- Jogos de rima (desafios).
- Jogos fonológicos orais.
- Jogos fonológicos com figuras.
- Reconhecimento de palavras que comecem, terminem ou
tenham partes com sons similares.
- Produção de textos coletivos rimados (poemas).
4. ATIVIDADES DE COMPOSIÇÃO E DECOMPOSIÇÃO DE
PALAVRAS
Objetivo: Favorecer as reflexões
acerca de que as palavras são formadas por segmentos menores (sílabas /
fonemas) e que tais segmentos são utilizados para a produção de novas palavras.
- Análise – síntese de palavras em grande grupo.
- Palavra mágica (composição de palavras com as
letras de uma outra palavra macarrão: cama, maca, carrão...).
- Contagem de sílabas e letras nas palavras.
- Exercício de comutação (substituição de letras
dentro de palavras para composição de outras palavras).
- Atividades de formar palavras com silabários e
abecedários.
- Dominós.
- Quebra-cabeças.
- Jogos de ordenar pedaços de palavras
(quebra-cabeças de sílabas).
5. ATIVIDADES DE COMPARAÇÃO ENTRE PALAVRAS QUANTO
AO NÚMERO DE LETRAS OU ÀS LETRAS UTILIZADAS
Objetivo: Perceber as
regularidades da língua, e compreender os princípios do sistema.
- Escrita de palavras que iniciam, terminam ou tenham
pedaços similares.
- Busca de similaridades (quadro com palavras para
que encontrem as similaridades).
- Busca de diferenças entre palavras apresentadas em
pares (cota / conta; pata / pasta).
6. ATIVIDADES DE “TENTATIVAS DE RECONHECIMENTO DE
PALAVRAS” ATRAVÉS DO DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS DE USO DE PISTAS PARA
LEITURA
Objetivo: Criar conflitos entre
as hipóteses que os alunos / as têm sobre a escrita e a escrita convencional
propriamente dita.
- Leitura de textos memorizados (canções, parlendas,
provérbios, trava-línguas).
- Jogos de montagem de textos memorizados (palavras
embaralhadas).
- Montagem de história em quadrinhos (texto lido em
outro dia).
- Bingo de palavras.
- Ditado cantado (encontrar a palavra indicada pelo
professor quando parou de cantar uma música que estava sendo acompanhada pelos
alunos no texto escrito).
- Caçada de palavras (encontrar a palavra ditada em
uma lista de palavras).
- Busca de informações em jornais.
7. ESCRITA DE PALAVRAS E DE TEXTOS (QUE SE SABE DE
MEMÓRIA OU DITADOS)
Objetivo: Descobrir as relações
entre escrita e som (quantas e quais letras utilizar para escrever).
- Ditado de palavras e pequenos textos pelo professor
(ou de um aluno para outro).
- Ditado mudo (com acompanhamento do professor,
passando entre os alunos).
- Escrita de textos que os alunos sabem de memória
(provérbios, letras de músicas, títulos de livros, filmes, listas).
- Escrita de palavras em jogos de grupos (adedanha).
8. ATIVIDADES DE SISTEMATIZAÇÃO DAS
CORRESPONDÊNCIAS GRAFOFÔNICAS
Objetivo: Compreender a lógica do
sistema e, simultaneamente, estabelecer as correspondências entre as letras e
os fonemas por elas representados.
- Pesquisa de palavras com a letra “X” ou com a
sílaba “X”.
- Brincadeira de adedanha (“Animal, fruta,
pessoa...”), com sorteio das letras iniciais ou com composição de quadro com
todas as letras.
- Baralho de ordenar palavras alfabeticamente.
- Escrita de dicionários temáticos.
- Produção de listas de palavras (textos enumerativos
– materiais necessários para uma atividade, produtos que gostariam de comprar,
profissões, brincadeiras, músicas).
- Ditado temático, com fichas (figuras em um
envelope) para correção ou com trocas entre os alunos para correção.
- Lacunas em palavras (completar partes que faltam em
palavras).
- Palavras cruzadas.
9. ATIVIDADES DE REFLEXÃO DURANTE PRODUÇÃO E
LEITURA DE TEXTOS
Objetivo: Refletir sobre o
sistema de escrita na perspectiva de letramento.
- Leitura e produção de textos diversos (contos,
poemas, músicas, crônicas etc).
- Recontos orais e escritos.
Bibliografia: LEAL, Telma Ferraz. A
aprendizagem dos princípios básicos do sistema alfabético: por que é
importante sistematizar o ensino? Belo Horizonte: Autêntica, 2004.